Fonte: http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/3173916/nobel-economia-avalia-bolha-dos-emergentes-parece-estar-estourando
Paul Krugman ressalta ainda que a crise desses mercados pode levar a problemas ainda maiores; grande risco e o do uso do termo "contágio"
Por Lara Rizerio |8h35 | 03-02-2014
SÃO PAULO - Em artigo para o New York Times, outro Nobel de
Economia demonstrou a sua opinião um tanto pessimista para os países
emergentes. Em meio à forte saída de investidores estrangeiros, o
economista Paul Krugman destacou que o que "estamos vendo parece
ser o estouro de uma bolha nos países emergentes" e que isso
pode transformar o risco de deflação da zona do euro em realidade, levando a
casos semelhantes ao do Japão, que viu a sua economia andar a passos lentos por
anos.
De acordo com o economista, contudo, o verdadeiro problema está nas
nações mais ricas, que não sabem lidar com as suas próprias fraquezas,
principalmente os Estados Unidos e a zona do euro. A Turquia, a África do Sul,
Rússia, Hungria e índia não são o problema principal. "Assim, a Turquia
parece estar em sérios problemas - assim como a China, um jogador muito maior,
que também está um pouco trêmulo. Mas o que torna estes problemas assustadores
é a fraqueza subjacente das economias ocidentais, que se torna muito pior por
conta de políticas muito, mas muito, ruins",
avalia.
Krugman ressalta que as crises financeiras têm ficado cada vez com
intervalos menores e com impactos maiores sobre a economia real. Krugman
ressalta que, por muito tempo depois da Segunda Guerra, o mundo ficou livre de
crises financeiras provavelmente por causa das restrições de capital pelos
governos. E, recentemente, a situação piorou com uma "crise atrás da
outra" em diversos países e continentes e com efeitos cada vez piores. Para
ele, a crise turca não terá efeitos tão grandes pelo mundo, mas um dos problemas
principais ê de que a palavra "contágio" volte à tona, levando ao
temor de que os problemas do país levem a problemas para todos os emergentes.
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