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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

SR. DINHEIRO: ‘NÃO COMPRE IMÓVEL OU VEÍCULO EM 2014’

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Vida/noticia/2014/01/sr-dinheiro-nao-compre-imovel-ou-veiculo-em-2014.html

30/01/2014 11h25 - ATUALIZADA EM: 31/01/2014 11h28 - POR MICHELLE FERREIRA

Luís Carlos Ewald, conhecido como Sr. Dinheiro, recomenda: ‘não compre imóvel ou veículo em 2014’. Isso porque, segundo ele, depois da Copa do Mundo, que ocorrerá em junho deste ano no Brasil, os preços começarão a baixar e boas oportunidades surgirão. “Todo mundo diz que a Copa vai ser muito boa para o Brasil. Mas depois que o evento passar, não haverá mais investidores no país, pois estão todos com medo”, afirmou.

Em entrevista a Época NEGÓCIOS, o professor de finanças da FGV garante que grande parte das pessoas que compraram imóveis na planta está devolvendo os apartamentos. “A pessoa que recebeu as chaves e precisa financiar o que restou, vai perceber que as prestações vão ficar muito caras - a Taxa Selic (taxa básica de juros) está muito alta. Sem condições [financeiras], ela vai querer vender o imóvel para a construtora, que não vai querer comprar. Ainda que a pessoa faça um desconto, as construtoras vão continuar não querendo. Os bancos estão cheios de imóveis devolvidos”.

Em sua visão, com uma maior oferta no mercado, os preços dos imóveis e dos veículos irão cair. Para imóveis comerciais, a regra é a mesma. De acordo com o professor, 30% das salas comerciais estão vazias no Brasil.

A solução para quem quer comprar um imóvel ou um veículo é “relaxar”. De acordo com o Sr. Dinheiro, agora é hora de esperar, poupar e investir. “O ideal é investir no Tesouro Direto, que rende a inflação mais os juros, e esperar uma boa oportunidade. Os melhores títulos são aqueles pós- fixados, que a rentabilidade segue a variação da Selic”. Para quem tem pressa, o aluguel é a opção mais vantajosa no momento.

Da valorização à queda - A visão do Sr. Dinheiro


Há quatro anos, a Taxa Selic e, consequentemente, os juros para empréstimos caíram muito no Brasil. Para lucrar, os bancos decidiram facilitar a contratação de crédito imobiliário. Em 2013, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os empréstimos para compra e construção de imóveis bateram recorde e totalizaram R$ 109,2 bilhões no país. As construtoras também pegaram dinheiro emprestado com os bancos para financiar os seus empreendimentos.

Com a alta procura, o preço dos imóveis começou a valorizar. De 2008 até 2013, o valor médio dos imóveis brasileiros subiu 121,6%. Agora, a Taxa Selic volta a aumentar para conter a inflação e os financiamentos deixam de ser uma boa para o brasileiro. O Sr. Dinheiro acredita que um grande número de pessoas não irá conseguir financiar seus imóveis e com a oferta maior, os preços irão cair.

“A crise imobiliária já está instalada. Até as construtoras estão devendo dinheiro para os bancos. Tem uma teoria que diz: ‘A frase mais perversa do mercado financeiro é: dessa vez é diferente’. Todas as crises financeiras começam com crises imobiliárias e não adianta dizer que dessa vez é diferente”.

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